terça-feira, 9 de dezembro de 2008

LUIZ ANTONIO REQUIÃO ( Bisavô Materno do Governador )

O Patriarca Requião.
Embora seja o primeiro dos Requião a chegar ao Paraná, Luiz Antônio Requião, o patriarca, cuja vida, em alguns aspectos continua nebulosa, é o motivo principal quer tenho para elaboração desse artigo. Lançar alguma luz.
Luiz Antônio é o bisavô do Governador Roberto Requião pela linha materna.
Pai, portanto, de Euclides Requião, avô pela linha materna, do Governador.
Dele não se conhece imagem. Ele era um Abraão, um homem que deixou tudo, e veio para a “Terra Prometida”, o Paraná, embora, não por uma promessa de Deus, mas a serviço da Igreja e do Imperador Dom Pedro II. Era natural da Bahia. Assumiu o Posto de Inspetor Geral de Rendas Publicas do Governo Imperial, algo como Coletor de Impostos, tomando posse, conforme documento original, em 17 de Junho de 1849, na nossa, então, 5a Comarca de São Paulo. Embora haja uma insegurança nessa data, que pela grafia do documento, tanto pode ser 1849 ou 1879, e trinta anos fazem diferença. Fazem diferença porque a primeira diz respeito ao período histórico anterior a emancipação do Paraná e a segunda é posterior, embora ambas, ainda no período imperial. Advogo que seja a primeira, pois tendo se casado em 1861 haveria, Luiz Antônio, de estar empregado e seguro. Nunca pude saber se veio ao Paraná, em nome da Igreja, ou se veio assumir o tal cargo do Império.Um número considerável de documentos, assinados por ele, existentes no Arquivo Publico do Paraná, sugerem que ele informava as estatísticas da Comarca, dando ciência ao imperador, ou aos seus servidores mais graduados, e coletava os impostos. Se tomarmos como exatos os numero que nos trazem as anotações do historiador Romário Martins, podemos aquilatar a importância que haveria de ter tal cidadão. O Paraná todo, possuía então, (1858) 69.380 (sessenta e nove mil e trezentos e oitenta) habitantes e inexistia estrada transitável por rodas. A região de Curitiba tinha cerca de 6000 almas, e nesse contexto, um Coletor Imperial haveria de ter sua importância social.Desde 1811, com a atuação de Pedro Joaquim Correia de Sá, o Paraná ansiava pela emancipação. Embora houvesse outros movimentos emancipatorios, como o de Bento Viana em 1821, ou a Revolução Liberal de 1842, foi mesmo no Senado Imperial, que se resolveu a emancipação de nosso Estado. Não seria temerário afirmar, que desses informes e impostos transferidos, por Luz Antônio Requião, algo de positivo possa ter tido peso e influência na questão da emancipação, que foi como já disse, ato eminentemente político, liberando, ao menos administrativamente, o nosso estado, do seu vizinho São Paulo. Embora a emancipação política de nosso estado tenha ocorrido em 1853, sob o ponto de vista econômico, nosso estado continua sendo sugado, pelo estado vizinho, que faz o papel de um mini EUA, dentro do Brasil. Os paranaenses não parecem ter perfeita consciência desse fenômeno, que faz e mantém o Paraná um escravo do estado vizinho. ( escreverei sobre isso).Antiga tradição familiar nos conta, porém, que ao chegar ao Paraná, Luiz Antônio, era ainda um “Formigão”, um seminarista que portava o habito religioso carmelita sem ter feito, no entanto, seus votos permanentes. O uso de seminaristas no serviço do Império era algo comum, pois esses eram primorosamente alfabetizados, conheciam o latim, contabilidade, e humanidades, além, é claro, de noções do direito Eclesial e Civil. Alguns padres tiveram vida notável na política do Paraná como, por exemplo, o Pe. Francisco Chagas Lima, e, na verdade, em todo o Brasil. Luiz Antônio, diferentemente, não fez carreira sacerdotal, casando-se, como já eu disse, em 1861 com uma das filhas de Cândido Martins Lopes, o prestigiado fundador de nosso primeiro jornal.Cláudio Veiga, atual presidente da Academia Baiana de Letras, em recente livro sobre a vida do deputado e empresário da imprensa baiana, Altamirano Requião, o emérito fundador e proprietário do prestigiado jornal baiano “Diário de Noticias”; relatando um pouco de seus familiares e antepassados baianos que se espalharam pelo Brasil, nos dá algumas pistas sobre a localidade de origem de Luiz Antônio Requião. Município de Cachoeira, na Bahia, seria o seu verdadeiro berço.Sabemos, pela “Genealogia Paranaense”, de Francisco Negrão, que era filho de seu homônimo, Luiz Antônio Requião e Constância Maria Dias, ambos baianos. Casou-se em 31 de Agosto de 1861, em Curitiba, com a jovem Gertrudes da Silva Lopes, ela era natural do Rio e uma (a quarta) entre os dez filhos de Cândido Martins Lopes. Cândido que era tipógrafo, jornalista, Juiz de Paz, e chefe de polícia, além de ser o prestigiado fundador do primeiro jornal do Paraná emancipado: “O Dezenove de Dezembro”. Gertrudes Lopes, agora senhora Luiz Antônio Requião, era pianista. Pequenina, um dos seus sapatos, guardado pela família, é quase um sapato de criança, embora tenha tido ela, grande vigor e muitos filhos.Seus oito filhos:(1) Edmundo Requião, nascido em 9 de Agosto de 1862 e casado com Francisca Leal Requião em 24 de Dezembro de 1887. Foi comerciante em Paranaguá e Foz do Iguaçu. (paira sobre ele se era ou não militar, (Major telegrafísta), pois seu nome está definitivamente ligado a história da fundação da cidade de Prudentópolis e da Vila Militar de Foz do Iguaçu). Seu nome é encontrado também na ata de fundação da Santa Casa de Misericórdia em Curitiba, e na história dos primórdios de Foz do Iguaçu. Francisco Negrão, no entanto, em obra de 1934, o apresenta como próspero comerciante em Foz e Paranaguá.Edmundo e Francisca tiveram três filhos.(2) Virgílio Requião casado com Rosa Gonçalves Guimarães Requião. Virgílio Requião era homem tão forte que estourava uma maçã, apenas apertando-a com a mão.(3) Constança Requião, falecida em 1881.(4) Getúlio Requião, casado com Cândida Pereira Requião.(5) Euclides (Lopes) Requião (Avô Materno do Governador) casado em 26 de Dezembro de 1900, em Guarapuava com Cristhiana Keinert. Teve próspero comercio em Curitiba, gráfica em Guarapuava e Hotel em Prudentópolis. Faz parte, com Lívio Moreira, e outros, dos históricos fundadores da Radio Clube Paranaense, a primeira radio do Estado. Euclides e Cristiana tiveram oito filhos.(6) Aníbal Requião (Patrono do Cinema no Paraná, fundador do Cine Smart) casado em 15 de Junho de 1897 com Carolina Correia Requião ela filha do Comendador Prisciliano Correia. Aníbal foi o autor das primeiras imagens cinematográficas das Cataratas do Iguaçu e Sete Quedas, fundador das Papelarias Requião, da Livraria Econômica, da Casa Vítrix, e do primeiro cinema do Paraná, que é segundo minha pesquisa, seis anos anterior ao célebre cinema de Francisco Serrador.Aníbal e Carolina tiveram três filhos.(7) Judith Requião, solteira.(8) Esther Requião Von Meien (a garota que recebeu Dom Pedro II em 1880, conforme registrou a imprensa, e o acompanhou em sua carruagem do Caminho da Graciosa ao Palácio Avenida (Rua das Flores com Rua da Liberdade, que era a sede do Governo); ela viúva de Artur von Meien. Fundaram, em Curitiba a Casa Cristal.Tiveram eles oito filhos.Desses oito filhos enumerados acima, frutos de Luiz Antônio Requião e Gertrudes, e netos, obviamente, descendem, praticamente todos os Requião do Paraná.

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Fonte de Pesquisa
Texto de Wallace Requião de Mello e Silva.
http://grupog23.blogspot.com/2008/11/o-patriarca.html

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

CÂNDIDO M. LOPES........( Trisavô Materno )

Trisavô (materno) de Roberto Requião.
Homens que marcam a história do Paraná e são parentes diretos.
Quem tem uma mínima leitura da História do Paraná sabe a importância que teve para a Província do Paraná a personalidade de Candido Martins Lopes.
Carioca de Niterói, convidado pelo primeiro presidente da província Zacarias de Góis de Vasconcelos para fundar o primeiro jornal do Paraná emancipado de São Paulo: “O Dezenove de Dezembro”, homenageando no nome, a data da emancipação política da Província do Paraná, cujo primeiro número fez publicar em 1 de abril de 1854. Candido é o patrono da Cadeira número dois da Academia Paranaense de Letras e foi chefe de Policia do Município de Curitiba.
Candido M. Lopes casou-se com Gertrudes da Silva Lopes em 14 de Maio de 1836, ela nascida no Rio de Janeiro em 25 de Abril de 1822 e falecida em Curitiba em 11 de Outubro de 1881.
Candido e Gertrudes são trisavôs do governador Requião.
Tiveram dez filhos:
  1. Maria Cândida da Silva Lopes;
  2. Cândida da Silva Lopes;
  3. Guilhermina da Silva Lopes;
  4. Gertrudes da Silva Lopes (homônima de sua mãe) que se casou com Luiz Antonio Requião, (são os bisavós do Governador Requião);
  5. Constancia da Silva Lopes;
  6. Josephina da Silva Lopes;
  7. Jesuíno da Silva Lopes;
  8. Arthur Martins Lopes;
  9. Candido Martins Lopes;
  10. Adelaide da Silva Lopes.

Pois bem, foi assim: Gertrudes da Silva Lopes, filha, e homônima de sua mãe, casou-se em Curitiba com Luiz Antonio Requião, natural da Bahia, a 30 de agosto de 1861, ele era filho de Luiz Requião e de sua mulher Constancia Maria Dias natural da Bahia e exercia o prestigiado cargo de Coletor Imperial.

De Gertrudes e Luiz Antonio, nasceram oito filhos:

  1. (1) Edmundo Requião;
  2. (2) Virgílio Requião;(3)
  3. Constança Requião;
  4. (4) Getulio Requião;
  5. (5) Euclides Requião (avô do Governador Requião)
  6. (6) Aníbal Requião;
  7. (7) Judith Requião;
  8. (8) Esther Requião.

Assim sendo: Euclides (Lopes) Requião, casado a 26 de Dezembro de 1900, em Guarapuava, com Cristiana Keinert, filha de Carlos Henrique Cristiano Keinert e de sua mulher Luzia Soares de Abreu, ele da Alemanha e ela do Rio Grande do Sul.

O casal deu a luz oito filhos, a saber:

  1. (1) Jahyr Requião;
  2. (2) Syrth Requião;
  3. (3) Ivo Requião;
  4. (4) Gertrudes Requião;
  5. (5) Alba Requião;
  6. (6)Luiza Requião;
  7. (7) Lucy Requião; (Mãe do Governador Requião)
  8. (8) Iza Requião.

Concluindo:

Lucy Requião casou em Curitiba em 1940, com Wallace Thadeu de Mello e Silva nascido em Curitiba em 1908. Ele, médico, vereador, prefeito de Curitiba. Filho de Cel. Wallace de Mello e Silva, natural do Sergipe, casado com Joanna Thadeu de Mello e Silva (Giovanna Thadeo, nascida em Porto de Cima no Paraná, ela filha de imigrantes italianos).

O casal Lucy e Thadeu teve cinco filhos dos quais Roberto Requião de Mello e Silva, governador do Paraná pela terceira vez é o primogênito. Requião que é advogado e jornalista, militar da reserva, foi empresário do comercio, deputado estadual, prefeito de Curitiba, Secretario de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Governador do Paraná e Senador da Republica. Três vezes governador do Paraná, e três vezes indicado para concorrer à Presidência da Republica.

Fonte de Pesquisa:

Texto de Wallace Requião de Mello e Silva.

http://grupog23.blogspot.com/2008/11/cndido-lopes.html

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